Implantes dentários tem uma alta taxa de sucesso, passando dos 90%, porém, como qualquer tratamento de saúde, a reabilitação deste procedimento tem suas contra indicações e exige cuidados específicos.
O implante é uma das ferramentas mais usadas pelos dentistas na hora de repor dentes perdidos – seja por trauma, cáries ou outras situações – e apesar de ter poucas chances de não dar certo, em casos raros isso pode ocorrer.
Vamos abordar esse assunto no post de hoje. Aproveite e tire suas dúvidas!
O que deve ser considerado antes de optar pelo implante
Antes do procedimento o profissional dentista precisa analisar a anamnese, os exames complementares do paciente, os espaços interdentais e interoclusais da boca para observar tais condições e avaliar se o implante é viável.
Além dessa análise inicial, para fazer implante dentário o paciente precisa invariavelmente ter um osso de qualidade, que sustente o parafuso e a prótese sobre ele, com bons parâmetros de altura e largura.
Para ter certeza disso, o melhor exame a ser solicitado pelo dentista é a tomografia computadorizada, que deve ser feita pelo paciente a fim de evitar que futuramente o implante não dê certo.
Alguns motivos podem levar o implante dentário a não dar certo, veja quais são no próximo tópico.
Motivos que podem comprometer o tratamento com implantes dentários
Principais motivos que podem levar o implante a não dar certo:
Tabagismo:
O Cigarro prejudica a formação do osso ao redor do implante pois atua negativamente na irrigação sanguínea e torna a cicatrização mais demorada, aumentando o risco de infecção após a cirurgia.
O índice de insucesso do procedimento de implantes em pacientes fumantes aumenta cerca de 20% em comparação a pacientes não usuários de cigarro.
Bruxismo:
Bruxismo é o hábito de ranger os dentes.
A força exercida pelo apertamento ou pelo ranger dos dentes provocada pelo bruxismo causa sobrecarga excessiva sobre o implante e pode impedir a osseointegração ou torná-la deficitária.
Aqui incluímos o hábito de morder objetos duros – tampas de caneta, por exemplo.
Higiene bucal deficiente:
As bactérias acumuladas devido a má higiene podem vir a provocar doenças que influenciam diretamente na qualidade do osso onde o implante será integrado.
Quando há maus hábitos do paciente – falta de higiene e cuidados bucais o implante pode ser comprometido.
Doenças sistêmicas:
Algumas patologias como o lúpus, podem deixar o paciente mais vulnerável a infecções. Além disso, a diabetes pode provocar dificuldade na cicatrização.
Pacientes portadores de osteoporose também são afetados, pois diminui a qualidade óssea.
Falha no planejamento:
Algumas falhas no planejamento ou execução do cronograma elaborado pelo Cirurgião-Dentista podem provocar a perda do implante.
Uma má avaliação da qualidade óssea do paciente também pode fazer com que o osso não consiga suportar o implante e em casos mais sérios, apresentar rachaduras.
Aquecimento do tecido ósseo durante a instalação:
Quando ocorre superaquecimento no osso durante o processo de colocação do implante.
Doenças periodontais, infecções bucais ou processos inflamatórios
Esses casos acima podem vir a causar infecção e perda óssea e ainda influencia no processo de cicatrização – o que pode provocar a perda do implante.
Doença periodontal em torno do implante, em geral ocasionada por falta de higiene bucal, também é fator negativo que influencia a qualidade do implante.
Posicionamento inapropriado:
Cirurgiões menos experientes podem posicionar o implante dentário muito próximo ao nervo e isso pode provocar dor, febre e a necessidade de remoção dos implantes.
Problemas ósseos:
Quando o processo de osseointegração não ocorre da forma esperada ou há baixa qualidade óssea no local do implante.
Ou mesmo pouca densidade óssea – quando não houve osso suficiente para sustentar o implante, levando este a rachar.
Sinais de que o implante não deu certo
O primeiro sinal de que o implante não teve sucesso é quando este apresenta mobilidade nos primeiros meses após a cirurgia.
Mesmo que a mobilidade seja pequena é necessário visitar o dentista responsável e tomar providências imediatamente, pois a mobilidade é progressiva e aumenta ao longo do tempo.
Outros sinais que podem indicar insucesso no implante dentário são:
- dor
- inflamação
- sangramento
Em alguns casos a pessoa sente dor mesmo depois de os tecidos terem cicatrizado. Em outros, o dente do implante se movimenta dificultando a mastigação, e ainda, o implante pode até mesmo se soltar da boca.
Soluções para perda do implante
A necessidade de refazer implante dentário não é habitual porque esse tratamento foi desenvolvido para ser duradouro, mas existem complicações imediatas ou tardias que podem ocorrer e exigir intervenções.
Se o implante for perdido por falta de osseointegração, o indicado é refazer o implante após alguns meses ou colocação de um implante de calibre maior.
Na maioria dos casos existe solução, porém é preciso esperar a reação natural do organismo para que o osso se regenere plenamente, tornando possível o reimplante.
A implantodontia avançou muito e já apresenta solução para muitos casos de perda de implante.
Considerações para implante dentário que pode não dar certo
Os implantes dentários foram se popularizando ao longo dos anos e alcançaram um alto nível de qualidade, tanto nos materiais utilizados para o procedimento, quanto no domínio das técnicas de implantodontia por parte dos profissionais.
Isso faz com que os procedimentos sejam cada vez mais seguros e com altas taxas de sucesso – em torno dos 90%. Essa variação na porcentagem depende da região onde é realizado o implante dentário.
Isso pois a chance de insucesso em implantes colocados na parte superior da arcada dentária é ligeiramente maior que na parte inferior da boca.
Mesmo que a chance de insucesso seja quase inexistente em alguns casos, o implante pode não dar certo, mas parte dos casos onde há a chance de insucesso, o profissional implantodontista já consegue identificar com antecedência e avisar o paciente sobre essa possibilidade.
Nesses casos, normalmente o profissional já conta com um plano “B” para solucionar o problema. A cirurgia nesses casos só é feita depois de avaliar todas as alternativas.
Atualmente há diversos tipos de implantes dentários disponíveis e o implantodontista faz uma análise do tipo mais recomendado para cada caso e isso aumenta significativamente as chances de sucesso.
Os implantes dentários mais modernos, oferecem recursos que estimulam a cicatrização do implante, inclusive com a opção de cicatrização rápida – em torno de 1 mês.
Ao longo dos anos, foram desenvolvidos implantes dentários com formas e composições diferentes, que oferecem uma melhor estabilização inicial e durabilidade ao longo da vida.